Meu filho está numa escola bilíngue e o nosso objetivo, como pais, é oferecer a ele o maior número de oportunidades para construção de um futuro digno, sólido e com várias perspectivas. Matriculamos nossos filhos na escola bilíngue e já começamos a contar as horas para ouvi-los falar rápido como nos seriados de TV, não é mesmo? Essa rapidez na oralidade é o que chamamos de fluência. Aspiramos isso para nossos filhos: que eles falem inglês fluente, como um nativo.
Quando entramos no universo do bilinguismo, ouvimos muito as palavras fluência e proficiência. Elas passam a ser companheiras de nossas expectativas enquanto pais. No entanto, é preciso entender que elas são diferentes e que alcançá-las leva um tempo, também diferente na linha temporal do aprendizado da língua.
De acordo com dicionários, fluente significa “que se mostra natural, espontâneo, fácil e abundante no uso da língua”. Em outras palavras, um falante fluente é aquele capaz de usar a língua com conforto, segurança. Fala sobre ser um bom orador ou escritor, fácil de ser entendido. Um aprendente pode atingir a fluência antes de chegar à proficiência em uma língua.
A fluência é mais difícil de ser mensurada. Ela envolve a rapidez e a exatidão com que o aprendente escreve ou fala. Já a proficiência engloba a fluência e abrange a habilidade de dominar e constantemente aperfeiçoar a língua, chegando a níveis acadêmicos de alta performance. Isso quer dizer que o aprendente pode falar, ler, escrever e ouvir a língua de forma eficiente, levando em consideração o uso de palavras, dominando a gramática e tendo um vocabulário abrangente em diversas facetas da língua. O proficiente domina o coloquial e o acadêmico sem problemas.
Enquanto a fluência tem muitas particularidades para ser medida, a proficiência pode ser medida através do CFER (Common European Framework of Reference for Languages) – ou Quadro Europeu Comum de Referência de Línguas. O CEFR é um padrão internacional que descreve o nível de proficiência de um aprendente em qualquer língua. Ela se baseia nas habilidades de comunicação que a pessoa tem em frases que descrevem o que essa pessoa pode fazer na língua. Por exemplo, “Posso compreender os pontos principais de uma conversa clara sobre temas familiares, como trabalho, escola e lazer.”. O CEFR apresenta seis níveis diferentes:
- A1 (Básico) – Iniciante
- A2 (Básico) – Elementar
- B1 (Intermediário) – Independente
- B2 (Intermediário avançado) – Independente
- C1 (Avançado) – Proficiente
- C2 (Proficiência) – Nativo ou quase nativo
Para avaliar a proficiência de um falante na língua, usamos os testes de língua internacionais. No caso da língua inglês, temos os testes da Universidade de Cambridge, Michigan, IELTS e o TOEFL como os mais conhecidos e requisitados. A proficiência de uma pessoa não é uniforme. Cada falante pode apresentar níveis diferentes em cada habilidade: fala, leitura, escrita e escuta. Alguns testes internacionais dão o resultado individual por habilidade e um geral.
Fluência e proficiência são coisas distintas, mas são objetivos comuns para quem quer dominar uma outra língua. Muitas pessoas são fluentes em inglês, mas nunca desejam mensurar sua proficiência na língua. No entanto, é importante lembrar que, no mundo globalizado, onde o inglês é a língua franca, ou seja, a língua da comunicação global, ter proficiência e poder comprovar isso por meio de testes internacionais pode fazer a diferença no currículo e nas oportunidades profissionais. Ter proficiência numa língua significa não só que você domina essa língua, mas também que você tem uma noção cultural sobre ela, sabendo como se portar, respeitando a diversidade cultural e aprendendo com ela. A fluência abre portas para a comunicação e a proficiência. A proficiência abre portas para o mundo global. As duas são sinônimos de crescimento. Uma leva longe. A outra vai um pouco mais além. Que caminho você e seu filho querem percorrer? Saber isso faz toda a diferença! Estamos aqui para ajudá-los nessa caminhada. Contem conosco!