Seja como a última atividade do dia ou aquele convite especial para momentos em que a imaginação toma conta da cena, a leitura compartilhada é uma prática de extrema importância para todos os envolvidos. E vale dizer que ela atinge seu potencial máximo quando deixa de ser uma obrigação e se torna um respiro gostoso em meio à agitação do cotidiano, permitindo explorar histórias, sentimentos e, é claro, o idioma que dá vida à narrativa. Afinal, tanto em português quanto em inglês, o hábito da leitura merece ser incorporado pelas famílias que têm crianças e adolescentes em anos de formação.  

Pensando especificamente no inglês, a primeira recomendação é que pais, mães e responsáveis não se sintam na obrigação de conduzir a atividade. Afinal, os estudantes é que estão expostos ao estudo do idioma e, por isso, podem conduzir a leitura. Na prática, mesmo que os adultos nunca tenham tido contato com o inglês, isso não se torna um impeditivo para que a leitura nesse idioma aconteça em casa.  

A decisão que levará ao nível de complexidade dos conteúdos trazidos para o momento da leitura compartilhada deverá seguir a mesma lógica de quando vamos fazer a escolha de obras em português: quanto maior a desenvoltura de quem irá conduzir a leitura, mais rebuscada e maior pode ser a história. Para quem está no começo, há ótimas opções que mesclam frases mais curtas e ilustrações, por exemplo, tal como se dá nos primeiros momentos de leitura durante o processo de alfabetização no idioma materno. 

Talvez, por estarmos muito ligados à produtividade em tudo que fazemos, fica a impressão de que é preciso ler grandes volumes de texto para que a leitura de fato seja proveitosa. Porém, isso não é uma regra que se aplica a momentos em que o mais importante é a troca e a possibilidade de fazer algo lúdico em família. A produtividade fica para a escola, em casa se trata de diversão e companheirismo! Livros pequenos e considerados simples podem despertar conversas profundas e fazer com que memórias antigas sejam trazidas à tona e virem assunto para conversas prazerosas e marcantes. Em outras palavras: o mais importante não é a quantidade de texto que se lê, mas a capacidade de se manter uma constância dos momentos em que adultos e estudantes têm a oportunidade de ler juntos.  

Além de contar com o acervo da biblioteca da escola, você pode acessar o iRead por meio da Richmond Learning Platform, que disponibiliza uma série de conteúdos, incluindo livros digitais com atividades interativas. Mais do que isso: as famílias podem contar com o recurso de áudio que permite uma leitura guiada, o famoso audiobook. Essa possibilidade é ainda mais importante quando pensamos nas crianças que não têm autonomia de leitura, como as que estão em idade pré-escolar.  

Outra opção interessante é a de fazer um passeio até a livraria preferida da família para que juntos possam escolher livros que tenham ligação com o seu momento – especialmente no quesito habilidade de leitura. Nesse sentido, os professores podem exercer um papel importante como curadores, indicando as obras que mais fazem sucesso de acordo com a faixa etária, por exemplo.  

O hábito da leitura compartilhada é daquelas atividades que mostram seu grande potencial à medida que o tempo passa e elas se mantêm na programação familiar. Por isso, invista tempo, aposte na regularidade e faça um planejamento que envolva o estudante de modo que ele se sinta protagonista dessa agenda. Há grandes histórias à espera de vocês, incluindo as que passarão a escrever enquanto compartilham de uma atividade tão rica e cheia de possibilidades quanto a leitura!