Imagine quando você vê pessoas fazendo algo que você gostaria de experimentar, ou que você sabe que você pode ser bom em fazer. Imagine tudo o que você sente quando vê essa atividade acontecendo ou um grupo de pessoas que a vivenciam. Uma acelerada no coração e um desejo de estar naquele lugar.
Fazer parte. Sentir-se parte. Estar dentro. São sentimentos de inclusão. Incluir é convidar a pertencer. O sentimento de pertencimento faz parte da identidade de qualquer sujeito. Ele contribui para a formação de um sujeito com emoções reguladas ou com a capacidade de regulá-las com maior facilidade. Um sujeito independente e protagonista de sua caminhada.
É isso o que mais desejamos para nossos filhos, não é mesmo? Que sejam capazes de construir os seus caminhos, refletindo sobre suas atitudes, aprendendo com seus erros, exercitando a resiliência… Enfim, queremos que sejam felizes!
Todos nós queremos isso. É importante, então, estarmos trabalhando em parceria com aquela que nos dá a mão nessa missão: a escola. Companheira porque divide conosco os valores que acreditamos serem os mais fortes e alicerce da construção desse sujeito protagonista da própria história. Esse pensamento deve nortear a escolha dessa escola. Ela comunga do que acreditamos/ ela trabalha apenas conteúdo ou vê meu filho holisticamente? Ela inclui? Ela vê a possibilidade de aprendizagem e colaboração na diversidade?
A educação inclusiva não vê barreiras para a aprendizagem. Uma escola inclusiva vê oportunidades e possibilidades de aprender de formas diferentes. Somos todos diferentes. Seres únicos. Olhe para seus filhos. São como os dedos das mãos, como versa o famoso dizer popular. Cada um tem seu jeito, sua caminhada. Cada um a vivencia como pode e explora as possibilidades como aprende. Ao acreditarmos em nossos filhos, dizemos: você pode, você consegue.
A escola que inclui nos convida a pensar o sentimento de pertencer como direito. Um direito universal, na verdade. Nela, o trabalho colaborativo na diversidade é um tesouro! A inclusão percebe e respeita nossa unicidade. A inclusão une escola e família, colaborativamente, em prol do desenvolvimento de todos. Ela não é capacitista e traz os desafios da aprendizagem na medida certa para cada um, respeitando as suas possibilidades e buscando o desenvolvimento holístico do sujeito.
A escola inclusiva convida todos a refletir, criar, fazer acontecer a muitas mãos. Nela, todos pertencem. Nela, todos crescem. Nela, a identidade do sujeito protagonista de sua vida é construída e fortalecida em parceria. Junto. Um sujeito que faz acontecer. Um fazer que inclui e constrói um ciclo virtuoso. Como um abraço. Que melhor lugar para ser quem a gente é, não é mesmo? Como sabiamente escreveu Martha Medeiros: “Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso. (…) nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.”